Nascido no ano de 1946, o senhor Antonio Frade de Oliveira conseguiu criar 8 filhos vendendo algodão doce pelas ruas das cidades, no Sertão da Paraíba.
Ele é natural de Patos, cidade onde mora com toda a sua família, mas passa a semana inteira na cidade de Conceição, no Vale do Piancó. Seu Antonio tem 42 anos na mesma profissão.
Com um jeito irreverente, o senhor Antonio Frade de Oliveira, consegue atrair a atenção das crianças e provocar risos nos seus pais. Frases como: “Chora menino que mamãe compra”, “Compra mamãe senão o menino vai chorar” são o segredo do sucesso deste patoense de 68 anos de idade.
Procurado pela reportagem do portal Vale do Piancó Notícias, seu Antonio confidenciou que vende cerca de 100 unidades de algodão doce e 5 bonecos por dias, faturando algo em torno de R$ 70,00 diários.
A história do Seu Antonio se confunde com a história de milhares de brasileiros, que ganham a vida com trabalho informal, pelas ruas das grandes e pequenas cidades de todas as regiões do País.
A parcela de pessoas com 16 anos ou mais de idade ocupadas no mercado de trabalho brasileiro passou de 45,3% para 56% entre 2001 e 2011. No entanto, no ano passado o contingente de mão de obra informal somava 44,2 milhões de pessoas, em torno de 22% do total da população brasileira, estimada em cerca de 193 milhões.
Foi o que Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em sua Síntese de Indicadores Sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira 2012.
O levantamento mostrou que o trabalho informal é uma característica da população idosa com 60 anos ou mais de idade e da população jovem de 16 a 24 anos. Segundo o instituto, no caso dos idosos o retorno ao mercado de trabalho constitui uma opção para uma vida mais ativa, complementação de renda ou socialização.
No caso do seu Antonio Frade de Oliveira, a opção do trabalho informal surgiu aos 26 anos. De lá para cá ele criou e educou 8 filhos, com a renda da venda do algodão doce e bonecos infláveis.
Fonte: Vale do Piancó Notícias
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