Quando a vida imita um sonho trágico: um drama na vida de duas famílias conceiçãozenses.

No momento em que tudo parece caminhar bem, eis que um fato repentino e desagradável desmantela a vida, impondo novos e tristes caminhos. De repente, o mundo parece vir abaixo, qual sonho ruim, mas o pesadelo é real e tráfico.

Foi o que aconteceu ultimamente na vida de duas famílias de Conceição: casos inesperados que envolveram dois jovens, um deles alvo da terrível violência que corre solta por este Vale afora, e o outro sufocado pela própria decisão de não continuar vivo.

Dramas e dores que afetam as famílias e comovem a sociedade. E em um dos casos, a região toda lamentou o que ocorreu com o jovem Aroldo Ferreira, de 22 anos, atingido na coluna por uma bala covarde e dolosa. Sofrimento e angústia para seus pais e demais familiares, e não é para menos. Um jovem que era cheio de saúde e vida, e, de repente, ficou paraplégico. A família sofre com ele, no entanto, está esperança e lutando para que o rapaz volte a andar. Aroldo encontra-se em João Pessoa, mas deve iniciar um tratamento no hospital Sarah Kubitschek, em Fortaleza. “Deus vai mostrar um caminho”, disse emocionado o cabo da PM Aniceto Ferreira, pai do jovem, em entrevista recente ao repórter Flávio José, da rádio Correio.
 
 

O crime ocorreu no começo da noite da quarta-feira, 2 de outubro, quando o rapaz trafegava pela rodovia 386, retornando para casa, depois de um dia de trabalho em uma ótica de Itaporanga. Um dos três homens que trafegavam em Um Fiat Uno vermelho atirou nas costas do jovem e tomou sua moto. O veículo foi recuperado, mas os acusados não foram presos.

E o que pensar do sofrimento de pai e mãe de um filho de 16 anos que resolveu por fim a própria vida? Foi o que fez o adolescente Andersom Sousa Alexandre, filho do fotografo conceiçãozense Sumário Alexandre e da dona de casa Elicelma Sousa Costa. O casal é separado e o rapaz estava com a mãe na cidade mineira de Fronteira, onde cometeu suicídio.

Na madrugada de 14 de outubro, depois de uma festa, o rapaz enforcou-se em um dos vãos da casa mãe, o que surpreendeu toda a família porque se tratava de um jovem alegre e que não demonstrava sinais de depressão ou qualquer indicativo de desgosto com a vida. Um trauma emocional que pai e mãe vão carregar para toda a vida. Nada fácil sepultar o próprio filho.
 
 
Folha do Vale

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